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TECNOLOGIA: Programação: Modismos x Eficiência, Parte I

O setor de tecnologia está em constante evolução. E toda essa evolução que percebemos em nosso dia-a-dia obriga os profissionais que desenvolvem os softwares (sistemas corporativos, assistentes pessoais, aplicativos para celulares e tantos outros) a se manterem em constante reciclagem, visto que precisam conhecer a fundo os novos equipamentos e sistemas que surgem para que possam sempre criar aplicações com os mais modernos recursos disponíveis.

Os desenvolvedores se utilizam das chamadas linguagens de programação para escreverem as instruções que serão compreendidas por determinados computadores e/ou sistemas operacionais. Também podem fazer uso de linguagens com grau menor de complexidade chamadas de “scripts” ou ainda os “frameworks”, que são como bibliotecas que possuem códigos prontos que facilitam algumas tarefas, evitando que se tenha que repetir a programação de funções que já existem no código desses frameworks.

Com as constantes atualizações de equipamentos e sistemas operacionais, essas linguagens precisam também ser atualizadas, para que possam permitir ao programador desenvolver aplicações que utilizem os novos recursos existentes nos equipamentos. Isso faz com que o desenvolvedor nunca pare de aprender, pois quando já domina uma dessas linguagens, surge uma nova versão com novo vocabulário a ser aprendido. Isso quando não ocorre o pior: Surge uma linguagem totalmente nova, fazendo com que a utilizada até então caia em desuso. Isto faz com que o desenvolvedor tenha que tomar uma decisão muitas vezes cruel: Manter os aplicativos que criou utilizando a linguagem anterior (com risco da mesma não ser mais atualizada e ele não ter condições de modernizar sua aplicação e com isso perder mercado) ou... começar do zero e reescrever todo o código para dar sobrevida às aplicações, ou seja, um retrabalho em geral muito desanimador, pois além de ter que começar tudo do zero, precisa manter as características e compatibilidade de arquivos com as versões desenvolvidas em linguagens mais antigas, o que gera ainda mais trabalho!


Somado ao dilema de como sobreviver no mercado, manter aplicações atualizadas e estar sempre aprendendo, o desenvolvedor ainda precisa sempre decidir que rumo tomar, afinal, as linguagens, scripts e frameworks que surgem não são únicos. Existem centenas de linguagens disponíveis, muitas desconhecidas, mas completamente funcionais e atuais. Qual utilizar? Qual terá maior sobrevida? Qual a mais produtiva? Qual a mais fácil de aprender?


Em meio a tudo que já falei até aqui, um fato me chama atenção: O grande “efeito manada” existente entre desenvolvedores, gestores de TI e empresas, visto que mediante o surgimento de uma nova ferramenta de programação, as pessoas que migram ela (mesmo que não seja a melhor para o caso de todos), acabam influenciando outros a também utilizarem e quando alguma começa a ter um numero de usuários maior, acaba atraindo ainda mais pessoas e sendo uma exigência de mercado entre os gestores que precisam de profissionais e empresas em busca de programadores. O resultado é que temos empresas exigindo o conhecimento em tais ferramentas, gestores de TI fazendo questão que seus colaboradores a utilizam e os próprios programadores sem saber o porquê de utilizarem essa e não aquela linguagem, tudo isso em detrimento muitas vezes de ferramentas ainda mais eficientes, produtivas, flexíveis e até GRATUITAS.


Na verdade, o “efeito manada” nada mais é do que um modismo, é uma característica humana existente em todos os segmentos, onde as pessoas seguem aquilo que “estão todos usando”, mas na minha opinião é algo que pode levar a escolhas adequadas e eficazes, mas também a escolhas que levam a uma produtividade menor e custo maior (quer seja com pessoal quer seja com qualquer outra despesa indireta).


Na continuação deste artigo, darei um exemplo de uma ferramenta poderosíssima, gratuita, com recursos absurdamente bons e suporte extremamente eficiente, mas que é ignorada por empresas e gestores, assim como muitos desenvolvedores, pelo simples fato de não estar “na moda”.

 

Adriano Freitas é formado em Sistemas de Informação com
duas pós graduações em áreas ligadas às Neurociências,
programa de estudo completo em Harvard e é servidor efetivo da
Universidade Federal Fluminense

 

 

 

 

Universidade Federal Fluminense
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Campus Nova Friburgo

 

Tradução

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